BEGONIACEAE

Begonia valdensium A.DC.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia valdensium (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

261.692,359 Km2

AOO:

248,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Jacques, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída encontrada em lugares fragmentados da Mata Atlântica. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Ann. Sci. Nat., Bot. IV, 11: 138 1859. A espécie caracteriza-se pelo colar de tricomas muito curtos no ápice do pecíolo, pela ala do fruto ascendente, pelas estípulas grandes e eretas e pelas brácteas persistentes envolvendo os dicásios mais jovens da inflorescência (Mamede et al., 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES a espécie ocorre em locais luminosos como clareiras, margens de trilhas e mata de dossel baixo em solos de areia branca (Kollmann, 2006).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie herbácea a subarbustiva ereta com 1 a 2 m de altura, monóica, registro de floração de março a outubro, com polinização ocorrendo através de abelhas principalmente das famílias Halictidae e Apidae, frutificação de maio a junho e nos meses de Agosto e outubro, ocorre em Floresta Ombrófila em áreas luminosas como clareiras, margens de trilhas e mata de dossel baixo (Jacques, 1996; Kollmann, 2006; Wyatt; Sazima, 2011; Mamede et al., 2012).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.5 Fire
A espécie ocorre na Reserva Ecológica de Santa Lúcia no Espírito Santo (Kollmann, 2006), que apesar de ser uma área protegida ainda sofre com ameaça de incêndios já que a vizinhança ainda utiliza essa prática para limpeza de terreno (Mendes; Padovan, 2000)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie apresenta registros de ocorrência na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, RJ (Jacques, 1996), encontrada facilmente na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES (Kollmann, 2006), no Parque Nacional da Serra dos Orgãos, RJ (Wesenberg, 713 SP), Parque Estadual do Forno Grande, ES (Kollmann, 3195, 6769, 7957,9177, 9968 HSJRP), Reserva Biológica Augusto Ruschi, ES (Kollmann, 4913 HSJRP), Parque Estadual da Serra do Mar, SP (Souza, 153, 3504 SP; Baitello, 481 SP) e na Estação Ecológica Juréia-Itatins, SP (Gomes da Silva, 104 SP).